segunda-feira, 6 de julho de 2009

FUTEBOL - PAIXÃO SEM MEDIDAS


A paixão pelo futebol no Brasil e, atualmente, em muitos outros países no mundo, consegue despertar na grande massa um sentimento e uma sensação que, inacreditavelmente, muitas pessoas jamais sentirão e demonstrarão por outras pessoas. Eu pasmo com isso. Nem vou citar aqui as barbaridades que alguns criminosos cometem em nome do futebol, entitulando-se torcedores, porque não vale a pena perder meu tempo nem sequer comentando sobre eles. Quero levantar aqui uma questão de cultura ou até mesmo "divindade". Falando da paixão nacional, onde vejo torcedores bipolares em razão dos feitos de seus times, onde vejo torcedores reverenciando seus times com camisas e todos os tipos de objetos imagináveis, só pra dar um exemplo, tem até gente colocando o logotipo do clube em suas urnas funerárias, onde vejo torcedores fazendo simpatias, pagando promessas e seguindo rituais "questionáveis" tais como repetir gestos interpretados como causa da vitória de seu time. Sem contar as brigas entre amigos, marido e mulher, namorado e namorada, onde sempre quem vence é o futebol. Na minha opinião, o que acontece é que o futebol dá às pessoas uma estabilidade que nenhum outro aspecto da vida pode dar: você pode mudar de religião, de emprego, de cônjuge, mas não de clube. Desde o momento que você opta por um clube ou optam por você, não importa, e isso acontece muito cedo, você vê no seu time uma parte da sua identidade que nunca vai mudar. Acredito também que por nosso país excluir muita gente de uma vida cultural e social variada, o futebol torne-se uma válvula de escape acessível. E no caso da grande massa masculina, ainda hoje sinto que muitos gestos ou loucuras praticadas em nome da paixão por seus clubes, é reflexo da cultura machista de nosso país que não permite a eles sem a devida cobrança, demonstrar abertamente seus sentimentos mais ocultos ou fraquezas em outras áreas. Quantos homens chorões após uma partida conseguimos ver nos estádios ou mesmo em casa? Vários. Mas em situações pessoais, profissionais, conjugais, etc. de forte dor ou perda, é muito mais difícil. Conceituar essa paixão é impossível. Eu só posso dizer que vejo com bons olhos os sintomas que ela causa nas pessoas (equilibradas, diga-se de passagem): lealdade, sensibilidade, bom humor, falta de bom senso (que AS VEZES não faz mal a ninguém) entrega e muita, mas muita alegria. A Skol consegue ilustrar de uma forma cômica o torcedor: http://www.youtube.com/watch?v=o4ltrqeSQRs&NR=1. Sensacional essa campanha! Voltando à paixão, eu me considero uma apaixonada nível "moderado" se é que é possível. Não sou fanática, mas quando meu PODEROSO TIMÃO está em pauta, a discussão só termina quando a última palavra é minha. E falando no TIMÃO, não poderia deixar de citar um assunto super atual: CORINTHIANS TRICAMPEÃO DA COPA DO BRASIL E RUMO AO TÍTULO DA LIBERTADORES NO ANO DO NOSSO CENTENÁRIO. QUE ORGULHO DE SER CORINTHIANA!

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