Meu Deus! Cada vez mais eu passo menos por aqui... A vida vai levando a gente, como diz a música do Zeca, mas é difícil saber até que ponto isso é bom ou ruim. Tem horas em que gostaríamos de parar e não conseguimos. Mas também tem horas em que paramos, ela nos empurra e certamente não poderia haver coisa melhor.
Não saberia definir exatamente o que tem sido o ritmo da minha vida nos últimos tempos, só sei que o tempo tem passado rápido e eu estou sempre com pressa e correndo atrás do relógio. E por mais que eu faça, sempre há mais por fazer. E por mais que eu tente ter o controle do ritmo, é em vão. Fica muito mais fácil quando aceitamos que o controle de muitas coisas que acontecem nas nossas vidas não está nas nossas mãos. O difícil é ter sabedoria pra saber o que está nas nossas mãos. Quando devemos esperar e quando devemos agir? Quando devemos correr e quando devemos parar? Quando devemos abrir mão e quando devemos insistir? Dificilmente alguém saiba responder essas mesmas perguntas melhor que nós mesmos. Mas aprendi que viver em paz, mesmo sem ter todas as respostas que gostaríamos e na hora em que gostaríamos, chama-se maturidade. É quando a gente desencana e para de se cobrar, de se perguntar e até mesmo de pensar (no bom sentido da coisa). É quando simplesmente vivemos a vida que temos da melhor forma que poderíamos. Não da pra ter tudo do jeito que gostaríamos, mas talvez seja por isso que saibamos diferenciar os momentos raros dos momentos comuns nas nossas vidas. Se tudo fosse sempre flores, não valorizaríamos a beleza delas. Claro que é muito mais fácil falar ou escrever do que ser propriamente maduro. Mas quem é maduro o tempo todo? Ninguém. Somos humanos o tempo todo, isso sim. Temos fases de lucidez e insanidade, de controle e descontrole, de negação e aceitação. Algumas vezes tudo é uma verdadeira loucura e outras vezes tudo parece estar perfeitamente no seu lugar. Algumas vezes nada faz o menor sentido e em outras vezes entendemos o sentido de tudo num único momento. Vai entender essa vida? Melhor não tentar... O melhor é vivê-la do jeito que da, ora com os pés no chão, ora com a cabeça em qualquer lugar, menos onde deveria estar. E o mais fascinante de tudo é que sempre temos uma escolha. Mesmo quando não escolhemos nada, já estamos fazendo uma escolha. E pra cada uma delas temos um preço a pagar. Nem sempre o custo vale o benefício, mas não conheço caminho mais rápido para a tal maturidade do que o das escolhas erradas, que nos obrigam a seguir em frente, sempre em frente. São sempre as escolhas erradas que mais nos ensinam. As escolhas erradas vem sempre primeiro que as certas, pois foram elas que nos ensinaram. Portanto, elas são muito, muito importantes. Pra uma pessoa que não gosta de errar nunca, nem preciso dizer o quanto foi difícil entender as coisas dessa maneira. Realmente não foi fácil chegar a essa conclusão. Mas da uma paz pensar assim...
É, passei um tempão sem postar, mas acho que neste texto consegui expor muito bem a confusão organizada dos meus recentes pensamentos. Aliás, fico me perguntando o que vou achar dos meus próprios pensamentos daqui a uns bons anos. Pode ser que eu ache todo este texto uma baboseira e não concorde com nada disso. Pode ser que não. Essa é a graça da vida. O tempo não para e tudo muda o tempo todo. Está tudo e estamos todos em constante transformação. E há uma razão muito, muito especial pra isso. Eu acredito.
