sexta-feira, 18 de setembro de 2009

MULHERES DE GUERRA E DE PAZ



Uma canção pelo ar, uma mulher a cantar, se todos fossem iguais a você.
(Vinicius de Moraes)




Quando lembramos os principais acontecimentos em nossas vidas, há que se fazer justiça a elas: as mulheres. Elas que, com sutilezas e charme especial, nos conquistam a cada dia. Se forem fortes, encantam-nos pela sua fortaleza; se frágeis, agradam-nos pela fragilidade. São especiais de qualquer jeito: com ou sem trejeitos.
Todo poeta, que se preza, já escreveu versos sobre amor e a devoção a elas. E nós, simples mortais, volta e meia arriscamos umas mal traçadas linhas que expressam o nosso amor a elas. Diante delas, o fiel guerreiro não fala, cala; diante delas, todas as pressões viram apenas expressões; diante delas, todo homem se torna nobre ou pobre; diante delas, toda dor tem cura. E assim, no silêncio, que Mário Quintana descreveu um verso que reflete essa sempre incógnita e bela mulher e suas reverências. Dizia assim: "Não, o melhor é não falares, não explicares coisa alguma. Tudo agora está suspenso. Nada aguenta mais nada. E sabe Deus o que desencadeia as catástrofes, o que é que derruba um castelo de cartas? Não se sabe... Umas vezes passa uma avalanche e não morre uma mosca. Outras vezes, senta uma mosca e derruba uma cidade". Também, Martinho da Vila já cantava mulheres de guerra, de paz, mulheres-cabeça e desequilibradas. "Sempre ou apenas mulheres que fazem dos nossos dias, dias especiais. Suas preocupações constantes, nos tratando feito crianças e por vezes com carinho de mãe. Enchendo a casa com seu perfume, com seu jeito especial, seu modo de ser das pequenas e grandes sacadas. Capaz de fazer de uma rosa um arranjo e de um arranjo um jardim.” Ainda, Vinicius de Moraes, o "poetinha", eternizou a beleza delas assim: "Se todos fossem iguais a você, que maravilha viver! Uma canção pelo ar, uma mulher a cantar, uma cidade a cantar, a sorrir, a cantar, a pedir a beleza de amar, como o sol, como a flor, como a luz. Se todos fossem iguais a você." Só temos a agradecer, homenagear e reverenciar todas as rainhas do lar, do trabalho, da vida e dos nossos corações.



Clésio de Oliveira
Prof. universitário

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