sábado, 23 de janeiro de 2010

A CABANA



"_ Nossa Terra é como uma criança que cresceu sem pais, não tendo ninguém para guiá-la e orientá-la. _ Enquanto Jesus falava, sua voz se intensificava numa angústia contida. _ Alguns tentaram ajudá-la, mas a maioria procurou simplesmente usá-la. Os seres humanos, que receberam a tarefa de guiar amorosamente o mundo, em vez disso o saquearam sem qualquer consideração. E pensaram pouco nos próprios filhos, que vão herdar sua falta de amor. Por isso usam e abusam da Terra e, quando ela estremece ou reage, se ofendem e levantam os punhos contra Deus."




"_ Já notou que, mesmo que me chamem de Senhor e Rei, eu realmente nunca agi desse modo com vocês? Nunca assumi o controle de suas escolhas nem os obriguei a fazer nada, mesmo quando o que estavam fazendo era destrutivo para vocês mesmos e para os outros?



"_ Forçar minha vontade sobre a de vocês é exatamente o que o amor não faz. Os relacionamentos verdadeiros são marcados pela aceitação, mesmo quando suas escolhas não são úteis nem saudáveis."



"_ Ele não impede um monte de coisas que lhe causam dor. O mundo de vocês está seriamente deturpado. Vocês exigiram a independência e agora têm raiva daquele que os amou o bastante para lhes dar o mundo. Nada é como deveria ser, como Papai deseja que seja e como será um dia. Neste momento seu mundo está perdido na escuridão e no caos, e coisas horríveis acontecem com aqueles de quem ele gosta especialmente."



Os trechos acima são retirados do belíssimo livro A Cabana, de William P. Young, primeiro lugar na lista dos mais vendidos do The New York Times em 2009. Estou terminando de lê-lo num momento especialmente triste para a humanidade. E, infelizmente, os últimos fatos ilustram muitas verdades que o livro traz, de uma forma simples e transparente. Na contracapa há um aviso: "Esta história deve ser lida como se fosse uma oração." É o que estou fazendo. E nem cheguei ao final do livro ainda, mas não me restam dúvidas de que só uma coisa realmente importa: jamais estivemos sozinhos. Ele não nos deixou sequer por um instante. Ele não poderia nos abandonar, assim como não poderia abandonar a si mesmo. Esteve e está ao lado de cada um de nós, do início ao fim.



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