E não é que hoje me sinto a pessoa mais sortuda do mundo por ter escapado do caos causado por uma chuva que trouxe consequências piores que a de terça para a cidade de São Paulo? Como as coisas mudam rápido nessa vida. Tudo depende do ponto de vista com o qual olhamos o problema. Se na terça me perguntava o que eu estava fazendo no meio daquele trânsito infernal já citado aqui, hoje agradeço por ter precisado estar por lá naquela data e não na tarde desta quinta-feira. E escapei por pouco outra vez, estive no olho do furacão na parte da manhã. Fui mais esperta desta vez. Agora o que me assusta é saber que mais cedo ou mais tarde, serei mais uma refém diária dessa situação ridícula. Moro em Santo André e não digo que temporais não causem transtornos na cidade. Mas nada na dimensão que São Paulo oferece. De qualquer forma, infelizmente, quem tá na chuva é pra se molhar. Voltando a falar do caos de hoje, a CET registrou 188 km de filas. A tempestade causou ainda vários pontos de alagamentos e algumas regiões foram colocadas em estado de atenção e alerta. A Marginal Pinheiros travou geral (vide foto). O aeroporto de Congonhas fechou para pousos e decolagens das 17h45 às 18h30, porém, ainda operava por instrumentos. Até o horário, 26 vôos estavam atrasados e sete cancelados.
Lamentavelmente, nos acostumamos com tudo nessa vida. Claro que alguns transtornos causados pelo mau tempo não podem ser evitados. Mas a maioria deles podem. Aliás, devem. O problema é que quem deveria se importar, simplesmente, não se importa. E não se importa porque não sofre as consequências que a maior parte da população contribuinte sofre. O negócio deles é sugar mais. E dá-lhe aumento do IPTU aprovado em primeira votação na Câmara de SP. Até quando a gente aguenta?
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