No dia 06 de março de 2013 mais um astro do rock nacional se apagou. E o Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr, tornou-se mais um entre tantos talentos que perderam o jogo para a solidão das drogas. A banda CBJR estourou nos anos 90 e minha adolescência foi marcada por muitas de suas músicas e por um bom momento do rock brasileiro que nos brindou com bandas como Raimundos, Planet Hemp e O Rappa. A banda foi amadurecendo com o tempo e arrebanhando não só mais adolescentes de novas gerações, mas também mantendo fiel o público do passado, com letras que alternavam entre agressividade, rebeldia, amor e Deus. Não acho que o Chorão foi exemplo pra ninguém e nem era esse o seu papel. Mas tiro o chapéu para uma de suas atitudes que mais me marcou: ficar na banda do início ao fim, em tempos de vocalistas mercenários que correm atrás de uma carreira solo por dinheiro e abandonam amigos e ideais sem olhar pra trás, é mesmo atitude de um artista muito apaixonado por sua história, luta e pelo sonho de levar sua mensagem ao seu público, acima de tudo. O cara tinha o dom de refletir, questionar e escrever e, talvez, justamente por esses dons, muitas de suas perguntas tenham ficado sem respostas. Muitas respostas encontradas tenham o desanimado a seguir. Muitas pessoas pelo caminho não o tenham entendido. Nesse sentido, concordo com os que dizem que a ignorância é uma benção. E disso os loucos sabem... só os loucos sabem! R.I.P. Chorão. Obrigada por ter deixado sua marca na Nossa (nem tão) Linda Juventude.
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