domingo, 27 de fevereiro de 2011

BRUNA SURFISTINHA - O FILME


Certamente será sucesso nas bilheterias devido ao tema polêmico, ao elenco e à divulgação na mídia. A escolha da intérprete da protagonista não poderia ser melhor - Deborah Secco. Sem ironia alguma, acho mesmo que o papel caiu como uma luva pra ela. Acabo de assistir o filme, motivada pela curiosidade, apesar de já saber mais ou menos o que estaria por vir. Achei interessante o comentário da Deborah quando disse que este era um filme para se assistir sem preconceitos. Realmente seria muita hipocrisia querer assistir o filme que conta a história de uma garota de programa preso a qualquer tipo de preconceito. Óbvio que cenas de sexo eram esperadas. Mas achei que o filme se preocupou tanto com elas que acabou deixando uma lacuna que poderia ser melhor preenchida com o drama de ser, ao mesmo tempo, a Rachel (ser humano com sentimentos, com uma família adotiva deixada pra trás e uma adolescência desconcertante) e a Bruna (uma prostituta que mais parece uma máquina e que faz tudo que seus clientes pedem, tudo!), como a própria ex-garota de programa sempre fez questão de diferenciar. Bom, os homens certamente não vão reclamar das várias cenas de sexo da atriz Deborah Secco. Já as mulheres que assistiram, devem ter saído do cinema com a mesma sensação que eu: tristeza, pesar. Podemos chamar esse tipo de vida de tudo, menos de vida fácil. Ninguém deveria se perder tanto pra se encontrar (quando se encontra). Mas estamos falando da profissão mais antiga do mundo e julgar as motivações de alguém para optar por ela não é minha intenção. Certamente a prostituição já gera consequências e marcas suficientes para quem a pratica, o julgamento alheio não é bem vindo e não ajuda em nada.
Minha indagação ao final: respeito e amor por si mesmo e pelo próximo. Por que é tão fácil para o ser humano perder isso?
De qualquer forma, vale a ida ao cinema, exceto para os conservadores e falsos moralistas de plantão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário